Neste número, além das homenagens ao nosso Padre Pio, teremos a oportunidade de reler alguns de seus artigos, como forma de conhecer ainda mais este nosso coirmão que já está nos céus.

Faço-me presente com estas minhas considerações, para primeiro agradecer imensamente a Deus por ter-nos dado Pe. Pio, como sacerdote zeloso e fiel, exemplo de grande amor à Igreja, às famílias e as vocações.

Hoje é impensável falar da figura de Maria sem a sua relação com Jesus Cristo e a Igreja. Por isso, salientar uma dimensão antropológica, sublinhando o lado humano da Mãe de Jesus, mostrando-a como mulher livre e de fé, que cooperou de modo consciente e ativo no projeto de salvação de Deus, se faz cada vez mais imprescindível ressaltar.

A presença amorosa e servidora da Virgem Maria na Igreja é um fator que ilumina a caminhada cristã e enche de esperança o coração do povo de Deus. De fato, desde os primeiros séculos, a Igreja sabe e reconhece que a Santíssima Virgem “tem um lugar bem preciso no plano da salvação”,[1] pois, o próprio Criador, olhou para a sua humildade e fez nela maravilhas (cf. Lc 1,48;49). Consciente disso, “a Igreja católica, guiada pelo Espírito Santo, honra-a como mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade filial”.

A presença de Maria na minha vida começou muito cedo. Anterior ao meu nascimento, na devoção de minha mãe e de minha madrinha, que sempre recorreram à intercessão de Nossa Senhora Aparecida (…) Descobri, então, mais uma face de Maria: Mãe do Sacerdote. Ela é a mãe de Jesus, Sumo Sacerdote, e de todos os seus ministros ordenados (diácono, padre e bispo), porque Jesus a entregou como mãe ao discípulo João. Todos somos chamados a sermos discípulos de Jesus e filhos de Maria, mas ela tem uma predileção aos sacerdotes.

A glória da Mãe é a glória dos filhos e entre os filhos de Maria Santíssima temos o primeiro lugar porque somos sacerdotes do seu Jesus. (…) Por isso, não devemos ser o segundo nesta manifestação solene para nossa amada mãe. Devemos também ser os primeiros entre os seus filhos, os primeiros na exultação, os primeiros na alegria mais sincera, os primeiros na sua celebração, na sua exaltação, na ampliação das suas intercessões, no seu canto de louvor.

Permita-me extrair uma fagulha de tão rico texto, está fagulha chama-se Maria, que alguns a identificam nesta perícope como grande sinal (Is 7,14), e como em Isaías aqui também ela indica Jesus, o Deus Conosco, ao dizer “fazei tudo que Ele vos disser” (Jo 2,5). No entanto São Luiz ressaltou-a ao descrevê-la, “Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus veio ao mundo, e é também por meio dela que ele deve reinar no mundo” (Tvd, n 1).