A presença amorosa e servidora da Virgem Maria na Igreja é um fator que ilumina a caminhada cristã e enche de esperança o coração do povo de Deus. De fato, desde os primeiros séculos, a Igreja sabe e reconhece que a Santíssima Virgem “tem um lugar bem preciso no plano da salvação”,[1] pois, o próprio Criador, olhou para a sua humildade e fez nela maravilhas (cf. Lc 1,48;49). Consciente disso, “a Igreja católica, guiada pelo Espírito Santo, honra-a como mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade filial”.
Ismael Félix
Por mais um ano nos aproximamos do Tríduo Pascal, onde reviveremos o grande mistério da nossa fé: a Vida, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, mistério presente no Sacramento admirável da Santa Missa. De fato, o καιρóς (kairós) de Deus no nosso κρóνος (kronos), ou seja, o momento oportuno de Deus em nosso tempo, possibilita-nos uma contemporaneidade a esse mistério, o Altíssimo nos concede a graça da contemplação e participação na entrega total de Jesus até a morte de Cruz. Com o Evangelho de João, a Liturgia nos introduz no momento do Lava-pés, que é o ponto culminante que vamos refletir nesse artigo.