“Eu sinto sempre mais o peso dos noventa anos, que espero chegar a completar no mês de março próximo. Sou quase surdo, com pouca memória, que me faz esquecer muitas coisas; caminho com o bastão, mas consigo ainda fazer tudo sozinho, dando graças a Deus pela saúde que ainda me resta. […] A igreja de Jesus Sacerdote é o meu sonho! Mas, os trabalhos vão lentos, dada a escassez de recursos. Eu confio na Providência de Deus e no Espírito Santo, que sugerirá aos futuros responsáveis o modo melhor para utilizar tudo que for preparado.” (Padre Pio Milpacher, revista Voz Amiga, fevereiro/2013)

Um dia, conversando com um amigo padre, que não via há bastante tempo, depois de me ter falado de muitas coisas que fazia, até com bastante entusiasmo, lancei-lhe uma pergunta final: “Então, posso concluir que você está satisfeito?”

Com surpresa, ele mudou de tom e me disse com ênfase: “Ah, não! Eu me sinto muito frustrado! Não me sinto realizado em nada! “

O nosso Fundador, Pe. Mário Venturini, viveu antes do Concílio, mas, quando preparava as bases da família religiosa, ia traçando as linhas mestras da espiritualidade que devia fundamentar a vida e o apostolado dos futuros membros. Querendo ajudar os sacerdotes, aprofundava as atitudes de Jesus com o Pai e os Apóstolos: “Honrar e fazer honrar e imitar as atitudes sacerdotais de Jesus”, era o seu sonho.

Todos concordamos em afirmar que a vocação é um dom de Deus e que Ele o dá a quem quiser e, frequentemente, por caminhos misteriosos e imprevisíveis.

Mas, pela Encarnação, Deus manifestou a vontade de implantar o seu Reino entre os homens, seguindo o caminho das leis de natureza humana por Ele mesmo criada. Então, enquanto continuamos na oração e reavivamos a confiança na Providência divina, estudamos os caminhos humanos que favoreçam a acolhida e o desabrochar dos dons de Deus.

O desafio da educação das novas gerações, e sobretudo, dos futuros padres evidentemente preocupa, seja os educadores jovens, seja, sobretudo, os que viveram a vida toda com esta responsabilidade. Ninguém discute a necessidade e a importância desta missão. Mas os tempos mudaram. A cultura e o estilo de vida são diferentes. Os jovens de hoje não aqueles do passado. São necessários novos paradigmas, novos métodos. Quais? Temos que dar espaço a dúvidas, interrogativos, questionamentos. O autor deste artigo se faz porta voz dos mesmos. Vale a pena escutar.

Hoje é impensável falar da figura de Maria sem a sua relação com Jesus Cristo e a Igreja. Por isso, salientar uma dimensão antropológica, sublinhando o lado humano da Mãe de Jesus, mostrando-a como mulher livre e de fé, que cooperou de modo consciente e ativo no projeto de salvação de Deus, se faz cada vez mais imprescindível ressaltar.

A presença amorosa e servidora da Virgem Maria na Igreja é um fator que ilumina a caminhada cristã e enche de esperança o coração do povo de Deus. De fato, desde os primeiros séculos, a Igreja sabe e reconhece que a Santíssima Virgem “tem um lugar bem preciso no plano da salvação”,[1] pois, o próprio Criador, olhou para a sua humildade e fez nela maravilhas (cf. Lc 1,48;49). Consciente disso, “a Igreja católica, guiada pelo Espírito Santo, honra-a como mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade filial”.

Todos somos chamados a viver plenamente a vocação. Entretanto, algumas vocações se destacam por serem as chamadas vocações específicas. Dentre elas a vocação ao matrimônio, que está profundamente ligada ao sacramento do matrimônio. Cada vocação em sua particularidade, respondem a um chamado  que corresponde a missão daquele ou daqueles que foram chamados.